A bebida do café é obtida das sementes torradas de arbustos do gênero Coffea, família das rubiáceas. Entre as mais de 80 espécies existentes, duas têm importância econômica: C. arabica, o café arábica, e C. canephora, ou café robusta. O café arábica produz bebidas mais suaves e adocicadas, sendo mais apreciado.
O café é o gênero alimentício mais consumido depois da água. Não há evidências científicas sobre quando e por quem foi descoberto, apenas que teve origem no Oriente. Reza a lenda que o café era oferecido aos animais de pastagem, que ficavam agitados após sua ingestão, o que disseminou seu uso entre os habitantes locais e os religiosos, facilitando a vigília noturna por seu poder estimulante.
O teor das substâncias presentes no café varia com a espécie, variedade, composição do solo, condições climáticas, grau de maturação dos frutos, torrefação, granulometria após a moagem e pela forma de preparo da bebida, tornando sua composição bastante variável e associada a fatores culturais e geográficos.
A bebida do café é uma boa fonte de ácido nicotínico (vitamina B3) e de minerais como potássio, ferro e manganês. Também contém compostos bioativos como a cafeína, estimulante do sistema nervoso central, e os ácidos clorogênicos. Estes são compostos fenólicos, abundantes na bebida, que possuem atividade antioxidante, antibacteriana e hipoglicemiante, e tornam o café uma das maiores fontes de antioxidantes entre os alimentos consumidos. Por isso, a bebida do café passou a ser considerada como um alimento funcional.
Independente de sua contribuição à saúde ou da forma de preparo, o café está conectado à imagem de prazer, aproximação entre as pessoas e relaxamento, possuindo uma importante função social em quase todos os povos do mundo. A riqueza e a complexidade do aroma das sementes torradas do café, formado por mais de mil compostos voláteis, o tornam uma bebida singular.