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No frescor dos mentolados




A sensação de refrescância que sentimos ao chupar balas e chicletes de menta deve-se à presença de substâncias que aumentam a sensação de frio nas terminações nervosas. O principal representante químico da categoria é o mentol.

Da classe dos monoterpenos, metabólitos sintetizados pelas plantas para auxiliar na comunicação entre espécies e na defesa contra predadores, o mentol é obtido majoritariamente da espécie Mentha arvensis, uma planta da família Lamiaceae a qual pertencem o tomilho e a salvia. Das folhas de M. arvensis é extraído o óleo de menta, que tem ampla aplicação como aromatizante de doces e bebidas. O resfriamento deste óleo leva à cristalização do mentol que, além do uso na indústria alimentícia, tem aplicação medicinal como anestésico e antisséptico das vias respiratórias e é muito usado em pastas de dentes e cremes de barbear.

Na medicina popular, o chá das várias espécies botânicas de mentas é empregado no combate a resfriados, como vermífugo, estimulante digestivo e calmante. O uso destas ervas remonta a antiguidade, com citações na Bíblia, na mitologia grega e na cultura romana, onde eram adicionadas aos vinhos, alimentos e usadas como símbolo de hospitalidade.

O mentol também é obtido artificialmente por métodos de síntese. Entre os enantiômeros já investigados do mentol, o que possui maior poder refrescante é o (-)-mentol, que é encontrado em grande abundância na M. arvensis.

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