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Metais em brinquedos – vamos correr dessa!




Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares, em São Paulo, resolveram analisar brinquedos plásticos de origem asiática. Sabe o que eles encontraram? Material tóxico em quantidade acima da permitida pelas leis brasileiras.
Através de análises químicas foram observados vários metais, entre eles chumbo, cromo, mercúrio e tório. O chumbo, por exemplo, tem ação negativa no sistema nervoso, afetando a concentração e o aprendizado. O cromo provoca reações indesejáveis na pele e no sistema respiratório.
Além disso, foi encontrado bastante ftalato, um tipo de substância que aumenta a flexibilidade dos plásticos. São conhecidos como plastificantes e que, quando empregados em excesso, podem causar danos ao fígado, rins, pulmões e ao sistema reprodutivo.



Figura 1. Amostra dos brinquedos asiáticos analisados.


O Comitê Econômico e Social da Comunidade Européia proibiu o uso de seis ftalatos em produtos para bebês e crianças na primeira idade. Isto levou as indústrias e orgãos regulatórios brasileiros a abolir, em 2001, o uso dos ftalatos em brinquedos e mordedores para bebês recém-nascidos até os 3 primeiros anos de vida. Isto porque as crianças pequenas colocam tudo o que pegam na boca!
A presença dos metais parece vir do material de reciclagem. Para tornar os brinquedos mais baratos, os fabricantes juntam ao plástico uma pouco de material de reciclagem. No processo de reciclagem destes países, o lixo é queimado a alta temperatura produzindo resíduos (restos do material incinerado) com alta concentração de metais.



Figura 2. Símbolos que mostram a importância da reciclagem para nosso planeta, conhecidos como vetores de reciclagem


Usar material reciclado é muito importante, pois diminui a extração de matérias-primas da natureza e reduz a quantidade de lixo inútil. Quando o resíduo é utilizado, os lixões (ou aterros sanitários) diminuem, ajudando a controlar a poluição nas grandes cidades. Mas o processo de reciclagem com queima é ruim para o meio ambiente pois aumenta a poluição, liberando gases e produtos tóxicos produzidos pela alta temperatura.
As amostras dos plásticos (bichinhos e bonecos) utilizados neste trabalho vieram de brinquedos comercializados por camelôs na região da fronteira Brasil-Paraguai e no comércio popular de São Paulo.



Figura 3- Caminhão despejando lixo num aterro sanitário. Pense como podemos ajudar a reduzir toda essa sujeira!


Para ler o artigo original dessa matéria, acesse o endereço: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422009000400002&lng=es&nrm=iso&tlng=es

Para saber mais:
http://www.plastico.com.br/revista/pm315/aditivos5.htm
http://br.guiainfantil.com/meio-ambiente/221-a-reciclagem-e-as-criancas.html
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/reciclagem/pet.html

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