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Novos materiais acusam situação de estresse


Foto obtida do site livre http://www.123rf.com


Imagine você, nas finais de uma corrida das olimpíadas de seu colégio, e seu tênis rasga a sola na hora da partida. Agora imagine se você comprou um tênis que pode mudar de cor quando estiver para romper a sola? Seria bem melhor, não é?
A proposta de desenvolver materiais que mudem ou acusem cor ao sofrer uma forte deformação (pela ação do calor, luz, eletricidade etc) é realmente incrível. A idéia é que se possa observar um sinal no material antes dele se romper ou perder sua função.
No centro deste estudo está um grupo de substâncias conhecidas como polímeros. Há muitos representantes de polímeros no nosso dia a dia, como as sacolas plásticas, as garrafas pet e a borracha dos pneus. Os polímeros são formados por vários pequenos pedaços que se ligam, como vários spaguettis colados uns aos outros, formando um enorme fio de massa.



Figura 1- Exemplo de objetos do dia a dia que são feitos a base de polímeros


O que os pesquisadores fizeram foi acrescentar diferentes substâncias aos polímeros, criando novos materiais capazes de gerar cor quando estressados. Quando esticado em excesso e não puder mais retornar a sua estrutura inicial, o polímero mudará de cor.
Vamos imaginar alguns modelos destes polímeros. O primeiro seria um fio longo de espaguete, o polímero original. O segundo seria o fio longo de espaguete com algumas massas do tipo penne, alterando a estrutura do fio original. Sob tensão, os pennes (que são pequenos canudos) se abririam e se transformariam em fetuchines (um terceiro tipo de macarrão, largo e chato).
Veja na figura 2 um modelo dos três materiais.



Figura 2. Exemplos imaginários de polímeros


Seria mais ou menos isso. Por efeito da tensão ou estresse, os polímeros-penne se modificariam produzindo polímeros-fettuccine, que seriam corantes. Ou seja, teríamos no início um polímero incolor que, quando estressado, seria capaz de produzir cor por alteração da sua estrutura e sinalizar que houve um problema no local.

Os pesquisadores da Universidade de Fribourg, na Suiça, em colaboração com pesquisadores da Universidade de Cleveland, nos EUA, estão agora tentando compreender melhor sua descoberta, aplicando-a a vários modelos, como no sistema biológico dos animais em condições de estresse.
Já pensou se, na hora que você encontrar o gatinho ou a gatinha, sua camisa branca ficar verde indicando que você está super nervoso?



Figura 3. E você, anda se estressando muito?


Para ler o artigo original dessa matéria, acesse o endereço:
http://www.sciencenews.org/view/generic/id/43524/title/Molecule_turns_red_at_breaking_point_
http://www.medio.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=447&Itemid=100

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